3 de mar. de 2017

Bella Vitta Studio de Pilates há mais de seis anos realizando um trabalho de carinho e dedicação em Gravataí.








Escoliose: Como Usar O Corpo Inteiro Para Um Tratamento Eficaz


Em geral, a maioria de seus pacientes nunca teria chegado até você sem algum problema. Antes de ir parar na sua clínica, Studio ou outro lugar, essa pessoa descobriu que existia uma patologia em alguma parte de seu corpo e, acredite ou não, boa parte delas estão relacionados a coluna.
Problemas relacionados a coluna são tão comuns que pelo menos 80% das pessoas sofrerão com algum deles durante sua vida. Ao menos é o que afirma a OMS (Organização Mundial da Saúde). A escoliose é um desses problemas, provavelmente você já tem um aluno diagnosticado com ele.
A patologia pode ocorrer em todos os públicos e faixas etárias. É tão provável você encontrar um adulto sofrendo do desvio postural quanto uma criança de 12 anos. De acordo com pesquisa 12% da população infantil brasileira é afetada por ela.
E você com certeza já sabe qual é o primeiro passo para um tratamento eficiente de qualquer patologia: o conhecimento. Quer aprender um pouco mais sobre a escoliose? Então continue lendo esse artigo, porque separei uma série de dicas e exercícios práticos que ajudarão você e seus pacientes.

Causas da escoliose



Um paciente diagnosticado com escoliose apresenta um desvio tridimensional da coluna vertebral que varia de forma e ângulo. Seu diagnóstico deve envolver diversos tipos de testes porque ela nem sempre está visível a olho nu.
Ela pode ter dois formatos: em S ou C. A maioria das pessoas possui escoliose em S, isso acontece porque a coluna desvia para um lado e depois compensa desviando para o outro.
Antes de começar a falar das possíveis causas da escoliose, saiba que pelo menos 80% dos casos não possuem causa definida.
Quanto à etiologia a escoliose é classificada em:
  • Estrutural
  • Não estrutural

Escoliose estrutural

Quem apresenta escoliose estrutural possui uma curva fixa e rígida na coluna que não desaparece com o tratamento da causa. O tipo estrutural pode ser dividido em algumas categorias:
  • Idiopática;
  • Neuromuscular;
  • Degenerativa;
  • Congênita.
A primeira categoria, idiopática, está entre aqueles 80% dos pacientes que não tem causa definida. Mesmo com todas pesquisas ocorrendo na área, ainda é impossível definir o que resultou na patologia desses pacientes, tudo o que podemos fazer é aliviar o problema através de movimentos.
Já a neuromuscular é causada por doenças neuromusculares que influenciam o alinhamento da coluna. Um exemplo é a paralisia cerebral e a poliomelite, ambas são condições que forçam alguma alteração nos músculos e nervos, aumentando a probabilidade de desenvolver um desvio.
Felizmente muitas dessas doenças diminuíram sua incidência com o aumento dos cuidados de saúde.
Alguns pacientes também desenvolvem esse desvio devido a uma degeneração nas estruturas da coluna que ocorra de maneira assimétrica. Também existem pessoas com escoliose congênita, que é um defeito “de fabricação” do indivíduo. Até mordida cruzada pode gerar a patologia, então preste muita atenção aos detalhes em seu paciente.

Escoliose não-estrutural

No caso da escoliose não estrutural a coluna é perfeita, mas desenvolve uma curvatura por causa de outros problemas do paciente que afetam a coluna. Eles podem vir de:
  • Discrepância dos membros inferiores;
  • Espasmos;
  • Dor na coluna vertebral.
Vejamos o exemplo da discrepância de membros. Nesses casos o paciente possui membros inferiores de tamanhos diferentes, causando uma alteração postural e levando-o a desenvolver um desvio.
Outro motivo comum de escoliose é a dor. Sabe aquele seu paciente com hérnia de disco que também apresenta essa outra patologia? A dor da hérnia pode ter causado uma escoliose porque o corpo realiza compensações para se adaptar a ela e afeta a coluna.
Mas cuidado com pacientes com pequenos desvios na coluna! Vale a pena lembrar que nem todo desvio de coluna é escoliose. Alterações de até 10° na curvatura são normais e grande parte das pessoas têm esse tipo de desvio.
Caso façamos um raio-X em todos os leitores desse artigo, é bem possível boa parte deles apresente uma leve curvatura na coluna, mas não precise de tratamento.
Desvios a partir de 20° necessitam de tratamento e podem ser tratados com exercícios, enquanto aqueles acima de 35° talvez necessitem de intervenção cirúrgica e outros tipos de tratamento. Como instrutores e profissionais da reabilitação, focaremos nos desvios tratáveis.

 Alterações oculares

Também existem alguns pacientes que desenvolvem escoliose devido a uma alteração ocular. Para manter o olhar alinhado, caso haja uma alteração a pessoa curva a cabeça para um dos lados e força a coluna a se adaptar e curvar-se também.
Se você suspeitar que seu paciente possui algum problema nos olhos, peça que ele visite um profissional especializado para realizar o diagnóstico. E se o aluno já tem problema e você sabe, inclusive ele usa óculos ou lente de contato?
Recomendo manter os óculos ou a lente durante a maior parte da aula. Ao remover esse acessório, seu aluno muda de referência visual e pode realizar alguma alteração. Só peça para que ele tire quando existe o risco de derrubar ou danificar o acessório.

Como tratar a escoliose?



Cada profissional escolhe seu método de tratamento preferido, tem gente que trata com colete, palmilha (no caso da discrepância dos membros inferiores), terapia manual, RPG, alongamentos. Algumas dessas técnicas, como o colete, devem ser indicadas pelo médico responsável por seu paciente.
O nosso tratamento será focado em uma única coisa: movimento.
Você pode ajudar seu aluno com exercícios e treinamentos adequados que ajudem a diminuir sintomas, dores e possíveis desconfortos do aluno. Mas antes de começar a trabalhar com seus pacientes que sofrem de escoliose, gostaria que todos entendessem algumas informações importantes que discutirei abaixo.

Fáscia e escoliose 



O sistema fascial é extremamente importante e não pode ser ignorado em qualquer processo de reabilitação. Graças a ele todo o corpo está conectado, e as fáscias também estão profundamente envolvidas no movimento.
A fáscia representa o segundo fator mais importante que limita a amplitude de movimento. O motivo é simples, o tecido conjuntivo corresponde a 30% da massa muscular e faz com que o músculo consiga mudar de comprimento. Portanto, o músculo faz o que a fáscia quiser.
Quer outra prova? Durante um movimento passivo a soma das fáscias é responsável por 41% do total da resistência do movimento. Tudo bem, mas o que isso tem a ver com meu paciente sofrendo de escoliose?
Primeiro veja essa informação interessante: as fáscias do nosso corpo são capazes de se adaptar a situações boas e ruins. Ou seja, se uma parte do seu corpo estiver com problemas, a fáscia correspondente fica tensionada e espalha essa tensão para outras regiões.
Outra informação importante sobre as fáscias (logo você vai entender por que eu disse tudo isso): elas são contínuas e contíguas. Ou seja, elas estão o tempo inteiro em contato umas com as outras.
É importante lembrar duas características das fáscias: são contínuas e contíguas. Isso quer dizer que a tensão em uma parte do corpo não fica contida por ali, ela se espalha através dessa relação entre fáscias.
Como a tensão se espalha, na hora de tratar alguém com escoliose NÃO podemos tratar só os paravertebrais. Como vimos, quando uma parte do corpo se deforma outra parte do corpo também se deformará para compensar. A deformação de fáscia que gerou a escoliose não fica isolada, o resto do corpo também precisa de atenção.

Escoliose e dor 

Agora quero usar um pouquinho desse tempo para falar sobre dor. Infelizmente, muita gente só procura ajuda para seus problemas depois que eles começam a incomodar na forma de dor. Mas será que todo mundo que tem escoliose precisa sentir dor?
Nem sempre, uma boa parte dos desvios da coluna são assintomáticos e não causam dor. Porém, a dor tem outra relação essencial com a escoliose: ela é uma das causas.
Assim que seu paciente começa a sentir dor seu corpo passa por uma adaptação. Ele altera seus movimentos ou postura para evitar sentir aquele incômodo. Com o tempo essa mudança começa a afetar a coluna e pode gerar uma escoliose.
Na hora que essa pessoa te procurar provavelmente vai reclamar da dor que a escoliose causa, quando a realidade é o contrário. Algum desequilíbrio em seu corpo levou a dor, que levou a compensação que levou a escoliose.
Muita gente me pergunta: “Keyner, o que eu trato primeiro, a dor ou a escoliose? ”
Minha resposta é: sempre trate a dor.
Em primeiro lugar, ela limita os movimentos do seu aluno, gera ainda mais compensações e é o maior incômodo. Além disso, quando alguém está com dor não consegue realizar todos os exercícios e dificulta muito o tratamento.
Para quem acha difícil tratar pessoas com escoliose e dor porque elas não conseguem realizar exercícios angulares e com rotação segue uma dica: não é preciso usar esse tipo de exercício numa fase inicial.
Isso não quer dizer que precisamos excluir esse tipo de exercício do repertório do paciente com escoliose. Porém, a musculatura precisa estar reforçada e a dor precisa ser menor antes de fazer as rotações, conforme você trabalha o paciente é possível introduzir exercícios mais avançados aos poucos.

Exercícios simétricos ou assimétricos



“Eu preciso trabalhar o aluno dos dois lados iguais ou eu trabalho mais de um lado que do outro?
Perguntas desse tipo são bastante comuns, cada profissional tem sua maneira de trabalhar e nenhuma é mais correta que a outra. Eu, Keyner, costumo trabalhar os exercícios de maneira simétrica.
Tirei essa conclusão depois de analisar nossos movimentos no dia-a-dia, todos eles são assimétricos. Você não trabalha, dirige ou cuida dos filhos usando os dois lados do corpo igualmente. Seu paciente também não.
Já que durante a rotina ninguém consegue trabalhar o corpo de maneira simétrica, por que não aplicar a simetria ao menos na hora da aula?
Mas ele já é inclinado para um lado, eu vou inclinar ele mais ainda? ”
Eu preciso entender que apesar da curvatura ser para um lado, os dois lados estarão desequilibrados e fracos, por esse motivo que eu procuro trabalhar os exercícios rotacionais para os dois lados com o mesmo número de repetições.
Movimentos são sempre ótimos para um aluno. Durante o exercício não são só os paravertebrais que estão se movimentando. Lembre-se sempre que seu aluno é uma pessoa inteira, não só uma coluna.
Ao colocar esse aluno para se mexer ele trabalha também glúteo, pernas, Psoas, quadril e todas as musculaturas envolvidas no movimento, isso só melhorará sua qualidade de vida.
E se o aluno sentir dor para realizar exercícios para um lado? Falamos sobre isso antes, primeiro você precisa aliviar a dor para conseguir trabalhar a escoliose de maneira eficaz.

Músculos esquecidos no tratamento da escoliose

Ao esquecer de trabalhar uma musculatura, o profissional aumenta muito sua chance de errar no tratamento. E o que acontece quando o tratamento falha? Perdemos nossa credibilidade com o cliente, portanto nossa chance de conseguir fidelização diminui.
O ideal é sempre trabalhar o corpo inteiro durante as aulas, mas gostaria de lembrar aqui algumas das musculaturas que costumam ser esquecidas em alunos com escoliose.

Glúteo máximo, médio e mínimo

Musculaturas como o glúteo máximo fazem parte da base de sustentação do corpo. Em qualquer tratamento, se eles forem esquecidos teremos problemas. É importante fortalecer e alongar essas musculaturas para evitar e corrigir desequilíbrios em outras.
Apesar de precisarmos de trabalho de base durante todas as fazes do tratamento, recomendo sempre começar com ele, especialmente em alunos que sentem dor aguda.
Fazendo exercícios nessa região conseguimos fortalecer o corpo do paciente sem necessariamente mexer na parte afetada pela patologia.
Claro que não é só o glúteo que merece atenção. Nunca esqueça outras musculaturas de base como:
  • Transverso abdominal
  • Multifidos
  • Músculos extensores e flexores do quadril

Tensor da fáscia lata

Pessoas com escoliose costumam ter essa musculatura tensionada, ela fica na lateral da coxa e tem uma fascia longa. Quando existe tensão nessa área outras cadeias musculares acabam desequilibradas graças à influência das fáscias.
Em geral essa região fica esquecida pela presença de pontos gatilhos latentes. Como já sabemos, o ponto gatilho é um ponto tensionado que geralmente causa dor e não é muito difícil de encontrar. Mas em algumas situações a tensão vem sem dor, criando o que chamamos de latente.

Músculo Psoas

O Psoas é tão importante que consegue afetar a mobilidade articular, amplitude de movimentos e o equilíbrio. Certamente ele está relacionado à escoliose e provavelmente tensionado nesses quadros.
Na verdade, quando esse músculo sofre tensão ele pode gerar uma rotação que, ao afetar a coluna, leva a um caso de escoliose. Então é possível ele estar entre os causadores do problema.
Ao trabalhar seus alunos lembre-se de fortalecer e alongar o Psoas, além de liberar os pontos gatilhos que existam na região. A qualidade de seus movimentos certamente influenciarão a melhora.

Exercícios para Escoliose

Agora que já entendemos bastante da parte teórica do tratamento da escoliose, chegou a hora de recomendar alguns exercícios. Confira o vídeo abaixo para entender mais.


Perguntas Frequentes

  1. Como devo tratar pequenas discrepâncias de membros?

A discrepância pode variar de tamanho, mas quando ela for de até 2cm a recomendação é usar palmilha. Em geral, médicos recomendam que nesses casos (com uma diferença de até 2cm) não corrigir tudo e colocar uma palmilha levemente menor que a diferença entre os membros.
Por exemplo, se o paciente tem 2cm de diferença, coloque uma palmilha de 1cm.
  1. Dá para reduzir a escoliose em jovens com atividades físicas?

Existem vários fatores que determinam se conseguimos reduzir ou não a escoliose. Um deles é a idade, outro o grau de inclinação. Dependendo do caso é possível sim corrigir usando exercícios direcionados. Pode ser Pilates, Fisioterapia, RPG ou o a sua especialidade, contanto que os movimentos sejam focados no problema.
  1. Devo trabalhar com paciente que realizou cirurgia corretiva?

Mencionei que aqueles pacientes com uma escoliose acima de 35° podem precisar de cirurgia para resolver o problema. Após a cirurgia ser realizada conseguimos continuar acompanhando essa pessoa e ajudando-a com exercícios, mas preste muita atenção às limitações impostas pelo médico.
Alunos que passaram por cirurgia provavelmente terão que tomar diversos cuidados nos exercícios, mas a atividade física será benéfica para eles se for na quantidade certa.
  1. Preciso sempre usar RPG para corrigir escoliose?

Nem sempre precisa usar a modalidade de RPG. Depende muito do grau de escoliose que o aluno apresenta e da opção do profissional.
  1. Preciso usar liberação miofascial no início ou no fim da aula?

Muitas pessoas me fazem essa pergunta. A liberação miofascial é benéfica e essencial para garantir uma aula de sucesso, então geralmente uso tanto no começo quanto no fim da aula. Isso serve não só para escoliose, mas para qualquer patologia ou aluno seu. Caso a pessoa esteja com dor faça a liberação só no final.

Conclusão



A escoliose é um desvio tridimensional da coluna bastante comum. Tenho certeza que você precisará lidar com esses alunos em algum ponto de sua carreira, e a melhor maneira de se preparar é com conhecimento.
Primeiramente precisamos lembrar que ninguém é só uma coluna ou um paravertebral isolado, existe todo um corpo cooperando para que o problema continue.
Na hora do tratamento lembre de todas as musculaturas que podem estar minimamente conectadas com a escoliose, desde glúteos, extensores e flexores do quadril até as musculaturas mais influentes na coluna, como os abdominais e extensores da coluna.
Preste atenção em algumas musculaturas que geralmente são esquecidas durante o tratamento, como músculos de base. Dessa maneira você conseguirá melhorar os resultados das aulas, dando uma melhor qualidade de vida a seu paciente.


Fonte: http://keynerluiz.com/escoliose-como-tratar/

Pilates e não analgésicos – A melhor cura para dor lombar


Tomar medicamentos para dor nas costas é em grande parte pouco eficaz, e em grande parte necessário uma investigação.
As pílulas anti-inflamatórias, como o ibuprofeno, são de suma maioria primeira escolha para pacientes com dor lombar. Contudo, os cientistas descobriram que eles fizeram tão pouca diferença que a maioria das pessoas não iria notar o seu “efeito”. O exercício  geralmente é mais eficaz e alguns pacientes poderiam incluir Pilates, Yoga ou alongamento.
Com o paracetamol anteriormente demonstrado ser ineficiente e opiáceos de pouca ajuda, os achados significam que não há tratamento de droga para uma condição que afeta uma em cada dez pessoas.
Manuela Ferreira, do Instituto George em Sydney, autora do estudo, disse: “Dor nas costas é a principal causa de deficiência em todo o mundo e é comumente administrado medicamentos como anti-inflamatórios. Nossos resultados mostram que as drogas realmente só fornecem um prazo muito prazo no alívio da dor. Eles reduzem o nível de dor, mas apenas ligeiramente.” Sua equipe analisou 35 ensaios envolvendo 6.000 pacientes usando anti-inflamatórios (AINEs), dos quais o Ibuprofeno é um dos mais comuns, para condições tais como: costas, dor de garganta e ciática.
Apenas um em cada seis doentes tratados com as drogas apresentou alívio da dor, que eles não teriam recebido de um placebo, e que era tão pequeno que provavelmente não fez diferença nas suas vidas.
Algumas drogas mais que dobraram o risco de problemas como sangramento e úlceras de estômago. Dr. Ferreira disse: “Quando você percebe o fator nos efeitos colaterais, que são muito comuns, torna-se claro que estas drogas não são a resposta para proporcionar alívio da dor de milhões de pessoas que sequer sabem desta debilitante condição todos os anos. ”
Um estudo em 2015 encontrou que a dor traseira tinha ultrapassado a doença cardíaca, doença com a maior causa de anos na Grã-Bretanha. Gustavo Machado, outro dos pesquisadores, disse que sofredores “estão tomando drogas que não só não funcionam muito bem, eles estão causando dano “.
A recente orientação do National Institute for Health and Care Excellence (Nice) afirma que medicamentos recomendados como o ibuprofeno para controlar a dor só devem ser prescrito após ter tomado em consideração o risco de efeitos secundários.
Ele disse: “Pacientes com dor nas costas devem considerar um exercício ou um programa para ajudá-los a gerir a sua condição, por exemplo, exercícios de fortalecimento / alongamento, pilates, yoga, exercícios de estabilidade do núcleo”.
Acupuntura agora é considerado não melhor do que um placebo.
O Dr. Machado disse que os pacientes estavam sendo encorajados a testes e cirurgia que muitas vezes lhes faziam pouco, porque os médicos não conseguiram chegar à causa raiz de sua dor. “Isto é definitivamente um resultado de má gestão, onde os pacientes não são adequadamente avaliados usando cuidados baseados em evidências”, disse ele.  Stephen Ward, o consultor que liderou o desenvolvimento da orientação, disse: “Nenhuma droga parece ser a resposta para dor nas costas. Elas podem ajudar no curto prazo? Provavelmente, um pouco.”
Ele disse que a maioria dos pacientes corre o risco de mascarar benefícios sobre a doença  e salientou que apenas 4% daqueles que tomaram AINEs experimentaram efeitos colaterais. John Newton, de Saúde Pública da Inglaterra, disse: “Estar acima do peso e físico inadequado são duas causas de dor nas costas que todos nós podemos fazer algo sobre. Iniciar uma boa dieta, mover mais os músculos e elevar a nossa frequência cardíaca, todos esses citados irão ajudar a prevenir problemas com o  musculoesquelético “.
Análise
Parece que o tapete da medicina baseada em evidências foi bem e verdadeiramente arrancado de menos de três fiéis do mundo doloroso (Dr. Mark Porter escreveu). E agora, se Paracetamol, a família de ibuprofeno de anti-inflamatórios e Opióides tipo codeína não funcionam para dor nas costas? O que você pode tomar, e  o que posso prescrever?
Em primeiro lugar, todas essas drogas funcionam para algumas pessoas; Eles (particularmente Paracetamol) simplesmente não funcionam em tantos como pensamos. Então se eles dão-lhe alívio, continue a tomá-los.
Em segundo lugar, se sua dor nas costas for de curta duração que se instala com tempo apesar do que os médicos fazem, e não por causa disso os analgésicos não ajudam, então deve-se baní-los. Aconselho a tentativa de  fisioterapia, com um programa de exercícios para mobilizar e fortalecer suas costas e núcleo. (Eficaz) para injeções epidurais e cirurgia (um último recurso).
A notícia é melhor para ciática e discos prolapso. As drogas que usamos para esta “dor neuropática” (por exemplo, amitriptilina) tendem a trabalhar melhor, mas mesmo estes não são panaceia.
A triste realidade é que a dor lombar crônica é difícil de conviver, e ainda mais difícil de tratar.

Fonte: http://www.maisquepilates.com.br/pilates-e-nao-analgesicos-melhor-cura-para-dor-lombar/

1 de mar. de 2017



Quando uma mulher vivencia uma gravidez, especialmente a primeira, costuma pesquisar um monte de informações na internet, além de fazer perguntas ao médico, ao farmacêutico e a suas amigas que já tiveram filhos, para tirar as dúvidas que tem. Entre essas dúvidas está à questão do exercício físico e, especificamente, o tema que nos atrai hoje: Se pode praticar Pilates quando está grávida? Há exercícios bons e exercícios contraindicados?
Como já foi mencionado aqui na +Q Pilates anteriormente, praticar Pilates durante o período de gestação é uma prática recomendada, não só para que a mãe se sinta bem durante a gravidez e tenha uma boa mobilidade, mas também para favorecer um bom parto.
No entanto, quando se busca na internet, como muitas vezes acontece com qualquer assunto que você pesquisar na rede, surgem conteúdos que alertam sobre o perigo potencial de praticar certos exercícios, posturas, etc. Com afirmações desse tipo, o mais normal é que as mulheres sintam medo ao praticar o Pilates no período de gestação, quando na verdade no geral, salvo algumas exceções, esta atividade física é muito benéfica para a gestante.
Longe de querer discutir se tudo que está na rede é verdade ou não, entendemos que devemos esclarecer alguns pontos importantes que se repetem na rede, que são oferecidos como verdades absolutas, e cuja generalização não ajuda a ninguém. Algumas dessas declarações podem até criar insegurança em mulheres grávidas quando se considera ou não a prática do Pilates nesse momento de suas vidas.
Celeste Roldan, profissional de Pilates e Educadora da Polestar na Espanha, também é fisioterapeuta, doula e mãe de dois filhos. Ela nos explica alguns exercícios que muitas vezes são questionados se são adequados ou não para as mulheres grávidas:
1 – É preciso evitar exercícios de arqueamento da coluna?
As extensões de coluna são muito necessárias. A coluna lombar tende a hiperextensão e por essa razão é extremamente necessário distribuir o movimento, facilitando e articulando em extensão a zona dorsal e os quadris. É preciso levar sempre em conta qual é a condição física da mãe e como a gravidez está evoluindo, mas tais exercícios são excelentes para as mulheres grávidas, porque eles diminuem a tensão da parede abdominal.
2 – Abdominais: sim ou não?
A musculatura do abdômen é particularmente importante em mulheres grávidas por duas razões principais: a capacidade de suportar peso e a capacidade de distensão para permitir o aumento do volume do útero. É essencial obter uma organização adequada entre a sua função estabilizadora e mobilizadora, mas para isso temos de encontrar o caminho certo para realizá-las sem aumentar a pressão intra-abdominal, diminuir o espaço do bebê ou recrutar excessivamente o reto femoral, pois isso aumentaria o risco de ocorrência de diástase abdominal.
Numa primeira fase, nós também evitamos movimentos que poderiam transmitir tensão ou movimentos excessivos na área do útero, para respeitar o período de implantação do embrião. O trabalho abdominal adequado envolverá episódios que irão prevenir a dor ciática, dor lombar e disfunção do assoalho pélvico, além de ajudar na recuperação pós-parto.
3- Cuidado com as Alavancas Longas?
Obviamente, não é o mesmo trabalhar com uma mulher grávida que já praticava Pilates antes de esperar o bebê, e fazer isso com alguém sedentário, que antes do período de gestação não fazia exercícios regularmente. Tal como acontece com todos os alunos de Pilates, cada um tem uma condição física, as suas próprias adaptações, as limitações, etc e é o instrutor de Pilates que deve adequar a aula para proporcionar uma classe adaptada às necessidades da futura mamãe.
No início do treinamento com a futura mamãe o nosso objetivo deve se concentrar em obter ou manter uma estabilidade adequada da articulação, para evitar a instabilidade que pode aparecer devido ao efeito do hormônio Relaxina. Quando os músculos estabilizadores trabalham corretamente, podemos usar as alavancas longas sem risco.
4 – Grávida: paciente de risco?
Nem todas as sessões de Pilates para grávidas precisam ser necessariamente individuais, também é possível trabalhar em grupos dependendo, é claro, das características pessoais de cada uma e de como está o desenvolvimento da gravidez. Em tais casos, a experiência do instrutor é o que fará com que seja possível controlar o trabalho com cada pessoa em um grupo, evitando assim riscos para a(s) aluna(s).
A prática de atividade física e, especificamente, do Pilates durante a gravidez, salvo exceções, é muito benéfica para a mãe e o bebê. Claro, que ser atendido por um bom profissional do método, bem treinado e atualizado em seus conhecimentos, é uma garantia de qualidade e, portanto, a segurança para ambos. Informar-se bem a respeito do local que se quer praticar Pilates e dos profissionais ministrantes é uma mensagem importante a se transmitir a estas mulheres e a todos aqueles que querem fazer Pilates com segurança e garantias.
Um bom profissional de Pilates é capaz de adaptar as sessões de seus alunos para as necessidades específicas de cada pessoa, independentemente de serem ou não grávidas. Por isso, é importante conhecer os processos fisiológicos e anatômicos que ocorrem no corpo da mulher grávida, como essas mudanças poderiam mudar a sua situação e em que medida os profissionais que trabalham com Pilates pode acompanhar este período e manter ou melhorar a qualidade de vida.
E você? Tem experiência no atendimento com mulheres grávidas? Como tem se saído com essas alunas?
Artigo traduzido e adaptado pela redação da Revista +Q Pilates. Conteúdo gentilmente cedido pela Polestar Pilates Espanha.
Saiba mais em: https://goo.gl/BUeYyc
Fonte: http://www.maisquepilates.com.br/temas-e-duvidas-tipicas-quando-o-assunto-e-pilates-para-gravidas/

27 de set. de 2012

Pilates favorece a gestação, o nascimento e auxilia no pós-parto

Especialistas descobriram que praticar atividade física antes de engravidar e continuar a se exercitar mesmo durante a gestação pode ser muito saudável para a futura mamãe, já que o exercício prepara o corpo para uma gestação saudável e para o pós-parto. Entre as atividades bastante recomendadas estaria o método Pilates, que pode ser adaptado perfeitamente às necessidades e limitações da gestante, podendo prevenir, aliviar ou corrigir dores lombares, enfraquecimento do assoalho pélvico e das articulações. De acordo com o professor André Ferreira, o Pilates tem se mostrado uma opção adequada especialmente para gestantes em busca de novas terapias para melhorar a qualidade de vida durante o momento em que ficam impedidas de realizar atividades de maior impacto. “Qualquer pessoa pode praticar, já que as aulas são personalizadas. É claro que é preciso respeitar o limite de cada pessoa, mas a atividade é indicada para problemas musculares, articulares, alterações posturais que geram dor nas costas, fibromialgia, osteoporose, além de ser eficaz também no tratamento de quadros depressivos, bem como para enrijecimento e perda leve de medidas”, ressalta Ferreira. O especialista destaca que em geral a técnica ajuda a eliminar dores, amplia a capacidade de realizar movimentos com baixo impacto articular, possibilita a obtenção de força e equilíbrio muscular, melhora a coordenação motora e promove a correção postural. “O método facilita a circulação sanguínea e linfática, fundamental para bom funcionamento do organismo”, completa o professor. Para mamãe e bebê os benefícios são ainda maiores. Segundo o especialista, as gestantes conseguem principalmente melhorar a circulação e a eliminação de dores musculares, devido às alterações de postura durante a gravidez. “No caso de mulher sedentária, a indicação é a partir do 3º mês, pois no primeiro trimestre ocorre a formação fetal e grande liberação hormonal, que influencia todo o corpo da mulher”, esclarece. Nas aulas as gestantes aprendem a melhorar a postura, a fortalecer membros inferiores, a acionar e relaxar o assoalho pélvico, que evita a incontinência urinária de esforço, além de permitir a passagem do feto durante o parto normal; bem como aprendem a respirar melhor, aumentando a capacidade de relaxamento, necessária durante o trabalho de parto. Fonte: JM Online.

24 de ago. de 2012

Mulheres que fazem pilates tendem a melhorar desempenho sexual

Por causa dos exercícios para a região da pélvis, mulheres que fazem pilates tendem a melhorar o desempenho sexual, diz a instrutora de pilates Thaís Jacomeli, do Centro de Bem-Estar Levitas, de São Paulo. Segundo a ela, atividades para melhorar a postura, aliviar eventuais dores lombares e aumentar a flexibilidade — todas bastante comuns no pilates — também estimulam a irrigação sanguínea da pélvis. Isso aumenta a sensibilidade local e pode tornar o orgasmo mais fácil de ser alcançado. — As técnicas são simples e podem ser feitas em casa. O mais importante é entender o movimento e a contração desejada, até conseguir, com muito treinamento, reproduzir essa contração do assoalho pélvico no dia-a-dia e durante o ato sexual — afirma Thaís. A seguir, ela indica alguns exercícios baseados no pilates, mas que podem ser feitos em casa mesmo sem aparelhos. ::: Deite de costas, com joelhos flexionados e pés ligeiramente afastados. Se concentre na posição do quadril e assegure que esteja numa posição confortável, sem dor. Contraia o abdômen, sem mexer o tronco, levando o umbigo em direção do chão, encolhendo a barriga. Mantenha essa contração por três segundos e solte. Repita o movimento quartro vezes. ::: Agora cole um joelho no outro, ainda flexionados. Empurre um contra o outro durante três segundos e solte. Repita essa contração quatro vezes para estimular a musculatura pélvica. ::: É muito importante entender a contração que queremos aqui: mantenha a posição do primeiro exercício e se imagine prendendo o xixi. Pode parecer estranho, mas para a contração efetiva da musculatura genital, precisamos desse comando. Expire contraindo os músculos da vagina, conte até 30 e relaxe inspirando. Repita esse exercício quatro vezes. ::: Ainda partindo da mesma posição, articule o quadril (encostando a lombar completamente no chão), contraia glúteos e eleve o quadril devagar, desencostando as vértebras do chão até a altura dos ombros. Nessa posição de ponte, inspire abrindo os joelhos e expire fechando. Repita o movimento quatro vezes, partindo do chão para a posição de ponte. ::: Para avançar o exercício anterior, coloque uma bola de plástico ou almofada entre os joelhos e aperte por 30 segundos. Repita quatro vezes. Se sentir dor ou desconforto, não repita mais o movimento. ::: Além dos exercícios básicos de fortalecimento pélvico, é possível estimular a flexibilidade da seguinte maneira: deite de costas, sola dos pés unidas com joelhos abertos. Mantenha nessa posição por 30 segundos, inspirando e expirando lentamente. FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/08/mulheres-que-fazem-pilates-tendem-a-melhorar-desempenho-sexual-3863875.html

18 de jul. de 2012

Pesquisa mundial revela a pandemia do sedentarismo

A falta de exercícios é responsável pelo mesmo número de mortes vinculadas ao ato de fumar. É essa a conclusão de um estudo que envolveu 122 países e que será publicado hoje pela revista britânica The Lancet. O sedentarismo, de acordo com a pesquisa, é responsável por uma em cada 10 mortes em todo o mundo, índice comparável ao impacto do tabagismo. Para o coordenador do estudo global, que envolveu pesquisadores de 16 países, o gaúcho Pedro Hallal, do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), há uma pandemia de inatividade física. O estudo publicado em forma de artigos científicos revela que a inatividade física se tornou um contribuinte de peso para as principais causas de morte no mundo. O grupo de sedentários é formado por 1,5 bilhão de pessoas, o que representa 31,1% dos adultos. Entre 13 e 15 anos, o número é assustador: 80% não atingem a recomendação de uma hora por dia de atividade física. No Brasil, 49,2% das pessoas são inativas, o segundo pior resultado entre os países do continente americano. Perdemos apenas para a Argentina, que tem 68,3% de sedentários. O estudo, porém, traz perspectivas positivas, inclusive vindas da tecnologia. Já há resultados que comprovam que a telefonia móvel pode servir como incentivo para que um número maior de pessoas se torne fisicamente ativo, como no caso de Denilson Montenegro, retratado na página ao lado. Para Hallal, pela prevalência do sedentarismo em proporções globais e pelo impacto sobre a saúde, a inatividade física tem consequências imensas nas áreas de saúde, economia, ambiente e social. – Não existe um cálculo do quanto deixaria de ser gasto se as pessoas praticassem o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas, pelo que traz de benefícios, com certeza haveria uma grande economia. Quem é inativo... Em média, no mundo, 31,1% dos adultos e 80% dos adolescentes estão em risco elevado de doenças por deixar de fazer quantidades recomendadas de atividade física No Brasil, 49,2% estão no patamar de inatividade física, o segundo pior índice das Américas, atrás apenas da Argentina (68,3%), e entre os piores índices do mundo. As mulheres (51,6%) são, em geral, mais sedentárias do que os homens (47,2%) Qual é o impacto... Teoricamente, se o número de inativos diminuísse 10% ou 25%, entre 533 mil e 1,3 milhão de mortes poderiam ser potencialmente evitadas no mundo a cada ano. A expectativa de vida da população mundial aumentaria em torno de 0,68 ano se os inativos fossem eliminados. A inatividade física é... Não utilizar pelo menos 150 minutos por semana fazendo atividade física moderada (caminhada, por exemplo, em passo apressado, durante 30 minutos, cinco dias por semana), ou exercícios mais vigorosos por 20 minutos, três vezes por semana. Responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes ocorridas mundialmente em 2008, e por cerca de 1 em cada 10 mortes em todo o mundo, comparável ao impacto do tabagismo Apontada como causadora de entre 6% e 10% das quatro principais doenças não transmissíveis (doenças coronárias, diabetes tipo 2, e câncer de mama e câncer de cólon). Corrida tecnológica Estimulado por aplicativos baixados no telefone celular, há dois anos o gestor de tecnologia da informação Denilson Montenegro, 42 anos, cumpre todas as etapas do treinamento físico. As etapas vencidas são narradas pela voz eletrônica: “faltam três quilômetros”, “você está indo bem”. Quando o percurso chega ao fim, o sistema envia uma publicação para o Facebook e, cada vez que um amigo curte, aplausos são disparados pelo fone de ouvido. – Fica a sensação de que a galera está na torcida. Isso ajuda a aumentar o compromisso de manter o rendimento – comenta. A tela do computador também é transformada por Montenegro em um estímulo para quem está do outro lado. A dentista Luciane Pandolfo, 43 anos, estava parada há cinco anos. De tanto ver as publicações de Montenegro nas redes sociais, Luciane deu um basta no sedentarismo e seguiu os passos do amigo, recebendo aplausos de outros esportistas e também de sedentários – que um dia, espera-se, vão aderir a exercícios, ajudando a reduzir o quadro de inativos em todo o mundo, diminuindo as mortes e aumentando a expectativa e a qualidade de vida da população. História e prestígio Fundada em 1823, a revista The Lancet, da editora Elsevier, é uma das mais importantes publicações científicas da área médica. De acordo com o Journal Citation Reports, sistema de avaliação da Thomson Reuters utilizado mundialmente para classificar o impacto científico de publicações, a Lancet, com fator de impacto igual a 38,28, é a 7ª revista científica em geral com maior fator de impacto internacionalmente e a 2ª mais importante na categoria medicina geral. FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br